14 de abril de 2016

Nada Decidido

O empate aquela altura do jogo foi um golpe para o Santinha, chovia muito no momento do pênalti o que acabou decretando praticamente o placar final. Há algumas semanas, poderia aqui dizer que o Santa não passaria, só devido a um golpe de sorte, pois futebol é o único esporte que conheço que o melhor nem sempre vence, e o Santa poderia se apegar nisso, mas hoje a situação é bem diferente, de um time que estava acostumado a constantes chutões e ligações diretas defesa-ataque, hoje o time tricolor o que menos se ver é chutão, time bem distribuído, mais compacto e tocando mais a bola até para evitar ao máximo dar chances ao adversário.

Alguém pode se perguntar, se o Santa hoje está mais compacto, toca mais a bola, por que não conseguiu sair com a vitória? Nem tudo é perfeito, e para se buscar a tal perfeição, requer continuar treinando. Embora coletivamente o time tenha evoluído muito, os erros individuais ainda são grandes, alguns até passam despercebidos pelo coletivo, mas alguns deixam marcas fortes, como foi o caso do empate contra o Bahia, que mesmo sendo inferior ao Santa, abriu o placar numa falha de Alan Vieira (não é de hoje que o Alan está mal), com a bola dominada tentou driblar o jogador do Bahia ao invés de fazer um recuo de segurança ou na pior das hipóteses dá o velho chute "pro mato", perdeu, fingiu falta e proporcionou contra ataque mortal da equipe baiana. Com o placar a favor o Bahia teve uma chance de ampliar e só isso no primeiro tempo. O Santa sentiu um pouco o golpe do gol, passou o filme do primeiro confronto, onde o Santa estava melhor e sofreu o gol, mas colocamos os nervos no lugar e numa bela jogada de Keno empatamos, resultado até certo ponto justo. No segundo tempo, o Santa voltou "mordendo", mais agudo e levando constante perigo a meta do Bahia, mas nossa finalização.....mas mesmo assim viramos o jogo, Grafite voltou a marcar, Keno faz a inversão de jogo buscando Arthur que toca de cabeça para JP que se livra do zagueiro e Grafite completa virando o jogo. O Santa dominava o jogo mais não "matava", e nossos erros de finalização custaram caro, o Bahia num ataque fortuito achou um pênalti, logo depois de entrar no jogo Wellington Cesar subiu com o braço todo aberto para cortar um cruzamento e a bola bate em seu braço, pênalti indiscutível. Luisinho bateu e deu números finais.

A evolução do time foi percebida também pela torcida presente ao Arruda, que aplaudiu o time, melhor que as últimas vaias que estavam constantes. Ainda não estamos jogando o futebol que o elenco pode apresentar, muito menos o que a torcida deseja, temos muito ainda para melhorar, mas ao menos aquele brilho de esperança começa a ser sentido pelo torcedor. Alguns jogadores aos poucos estão reencontrando seu futebol, Lelê que tem desempenhado uma função diferente no meio campo, Daniel Costa tem entrado bem, mas sua maneira de cadenciar o jogo acaba sendo um ponto fraco, precisa imprimir mais velocidade, o Arthur, capítulo a parte, um amigo chegou a perguntar o que o Milton via nele, no meu ponto de vista, o passe de Arthur, ele pouco erra no passe, aquele jogador que pouco aparece, mas é esse seu ponto fraco, quando o jogo se torna favorável a ele, parece que se esconde, não sei se por timidez ou característica própria, mas precisa ser mais ousado, só tem a ganhar, tanto ele quanto o time, a nova dupla de zaga, Neris e Dany se entrosaram rápido e sem a afobação da dupla anterior, Alemão que tem como forte a bola alta, mas tomava muito cartão a toa e se aventurava muito ao ataque e deixava a zaga aberta. Como pontos fracos, nossos laterais, principalmente o Alan Vieira, tem se projetado pouco ao ataque e quando o faz não volta na mesma velocidade, tanto que os adversários tem atacado mais por seu lado, perde muita bola por tentar o drible em demasia, o que gera muitos contra ataques, o Vitor tem errado muito passe e não tem cruzado as bolas de primeira quando tem oportunidade, o que prejudica a velocidade do ataque.

Eu fui contrário a mudança de técnico em principio, pois via que o Martellote era o menos culpado naquele momento pelo desempenho do time, mas não posso fechar os olhos que a mudança benéfica ao time, o Milton trabalha de uma forma que gosto hoje de ver no futebol, a necessidade de se trabalhar a posse de bola, a preocupação que tem com o passe tem sido fundamental para a evolução do Santa, o passe hoje tem sido em sua maioria para o jogador mais perto, a virada de jogo apenas quando o jogador se apresenta bem livre. Domingo teremos uma situação parecida a 2015, o Bahia era melhor colocado na tabela, vencemos e passamos eles, domingo, eles tem dois empates (0x0 e 1x1) como vantagem, então vamos vencer novamente, como em 2015, e passarmos eles e nos garantir em nossa primeira final de Copa do Nordeste. Tri Tri Tri Tricolor Santa.

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