16 de novembro de 2017

Polvo Como Companhia

Depois de algum tempo dedicado a minha outra grande paixão, o futebol, mesmo não tendo me proporcionado muita alegria, volto a falar de gastronomia, o hobby/paixão que sempre em minha andanças me deparo com novidades. O prazer da cozinha é sempre um aprendizado constante, assim como a vida a qual temos que entender as amarguras e obstáculos que enfrentamos diariamente para transforma-las em alavancas para buscar sempre o melhor, na cozinha não é diferente, o amargo pode se transformar e encantar os mais exigentes paladares.

Devido a fatores externos, estou ausente de um grupo de amigos, mas sempre que posso retorno para poder respirar o convívio de pessoas positivas e desta vez, mais uma vez, atender a solicitação de um trio de amigos, Coló, Fred e Ivan, que de certa forma já vem tornando uma tradição a comemoração de seus aniversários em conjunto o qual tive a honra de mais uma vez estar a frente, e o prato da vez, ou melhor, o menu, foi um prato que a cada vez que faço vou me familiarizando mais e mais em seu preparo, o arroz de polvo.

Como de costume, sempre faço algumas mudanças nos pratos que estou começando a cozinhar, até chegar ao ideal para meu paladar, e no arroz de polvo não seria diferente. Como tinha que atender bastante gente nessa comemoração, aproveitei também para tentar acertar o ponto de um outro prato com polvo que já tive o prazer de experimentar, o carpaccio de polvo (em outra oportunidade falarei dele), porém não tive o resultado esperado, no quesito apresentação, mas na próxima espero acertar. Voltando ao arroz de polvo, tinha uma forma tradicional de fazer, levando apenas tomate, mas ao consultar outras receitar, vi que poderia agregar "novidade" ao prato, ervas para dar um frescor ao prato, manjericão e salsa. Assim como o camarão o polvo também tem seu ponto ideal de cozimento, e no preparo do polvo coloquei pimenta de cheiro, além do perfume, o leve sabor picante dar um toque especial. Abaixo uma sugestão para um pequeno grupo de amigos:

Ingredientes:

  • 1 kg de polvo
  • 500 g de arroz parbolizado
  • Tomates picados (2 pequenos)
  • Pimenta de Cheiro (sem as sementes)
  • Cebola
  • Alho
  • Gengibre
  • Azeite
  • Manjericão
  • Salsa picada (finalização)
  • Parmesão (finalização)
Modo de Fazer: Cozinhe o polvo na panela de pressão com uma cebola e sal a gosto, coloque pouca água já que o polvo solta muita durante o cozimento. Depois que começa a pegar pressão, cozinhe por cerca de 15  a 20 minutos, depende muito do tamanho do polvo. Verifique a textura do polvo, corte em pedaços pequenos e reserve a água do cozimento coada. Dando procedimento, refogue a cebola no azeite, depois acrescente o alho, gengibre ralado e a pimenta picada, acrescente o arroz e refogue o suficiente, coloque o sal a gosto e um pouco da água reservada, o suficiente para cobrir o arroz (caso verifique que a água do cozimento do polvo seja pouca, comece o cozimento do arroz com água normal e vá finalizando com a água do polvo). Acompanhe o cozimento e corrija o sal quando necessário, quando o arroz atingir um ponto de "al dente" coloque o tomate e pouco depois o polvo. Procure deixar o arroz sempre úmido mas não encharcado, mexendo sempre para uniformizar o cozimento, quando chegar no ponto ideal, coloque o manjericão. Antes de desligar coloque 2 colheres de manteiga gelada para finalizar o prato. Sirva de imediato ainda quente, coloque a salsa, o parmesão e azeite.

Espero que se delicie assim como eu tive o prazer de fazer. Espero uma nova oportunidade de ter um polvo nas mãos, para desta vez fazer um carpaccio.



12 de novembro de 2017

Tragédia Anunciada

Meus pais sempre me falaram que erros fazem parte do nosso aprendizado, ajudam na nossa formação como cidadão, porém a mesma ótica não se aplica ao Santa Cruz, que num espaço de 10 anos atingiu a marca de cinco descensos, sendo duas a série C. O torcedor que estava presente naquele Arruda lotado 2013, presenciando nosso CR7, o querido e carismático Caça Rato fazer aquele gol de peixinho contra o Betim e gritando "estamos livres", em alusão de deixar o "inferno", não imaginaria estar retornando a esse inferno novamente. Pois bem, nesse sábado dia 11/11/17 matematicamente voltamos ao inferno, embora a queda já dava seus sinais já algum tempo, porém ainda não tínhamos percebido ou não queríamos ver, em 2016.

Uma diretoria que chegou da maneira que chegou, traçando metas, algo nunca visto nas bandas do Arruda, nos parecia que finalmente o Santa Cruz estava dando um passo em definitivo na profissionalização do clube, veio títulos, acesso a primeira divisão, estávamos no céu, no paraíso, porém tudo começou a desmoronar. Erros e mais erros nos levaram a situação de que estamos, planejamento de forma errada, principalmente no conceito básico, gastar mais do que arrecada, bloqueios judiciais, algo que não poderia ter sido pego de surpresa, logo que o mandatário é um renomado advogado em Recife.

Veio 2017 e os erros continuaram, contratou um técnico que tinha um estilo bem diferente do que tradicionalmente o Santa apresentava, um estilo mais retranqueiro. A formação do elenco devido aos problemas de 2016 foram grandes, o tecnico Vinicius Eutrópio teria muita dificuldade para dar conjunto, apostas vieram sem muita credibilidade, imaginávamos um ano terrível, mas com toda dificuldade conseguiu levar o Santa as duas semifinais dos campeonatos que disputava, eram um preparatório para o que realmente era nossa principal competição. Eutrópio foi muito questionado pela torcida pelo seu estilo e principalmente por manter na equipe alguns jogadores. Começou o brasileiro, aos pouco Eutrópio começava a dar um padrão ao seu estilo, o Santa ficou sempre próximo ao G4 quando não estava dentro, mas era muito questionado, mas os resultados estavam vindo mesmo a contra gosto da torcida. Quando aconteceu o primeiro tropeço em casa, mesmo jogando bem, a diretoria para fazer média com a torcida cometeu seu primeiro erro, demitiu Eutrópio, que no decorrer do ano demonstrou ter sido fatal para equipe. Se a contratação do Vinícius foi um erro pode até ser, mas o maior erro foi demiti-lo onde estava começando a formar a equipe e dar conjunto e estávamos sempre próximo ao G4. Depois a indefinição de um técnico logo após a saída de Eutrópio prejudicou o andamento do trabalho e o Santa seguiu a risca o manual do rebaixamento, trocando varias vezes de técnico, dispensando jogadores e contratando um caminhão de outros, o filme já era conhecido da torcida e a angústia de uma nova queda se tornava eminente a cada rodada a té sua concretização ainda faltando três rodas para o fim.

Teremos eleições esse ano, alguns dizem que teremos que escolher o menos ruim como mandatário, o fato é que quem quer que vença terá uma árdua missão de tentar colocar o Santa Cruz nos trilhos da profissionalização e principalmente dar transparência a torcida do que acontece no clube, pois será fundamental para tê-la de volta nesse árdua momento.

Nos vemos em 2018. #SempreSantaCruz