Não se entende um time que muda da água para o vinho após sofrer um gol, será que necessita deitar no sofá? Vale lembrar que apenas diante do Fluminense o time ficou atrás do placar e foi buscar o resultado com calma (que me lembre), demais, ficou atrás do placar é derrota certa. Pois bem, ao que parece o Santinha precisa deitar no sofá famoso de Freud, colocando a parte o lado técnico individual, que sabemos que é limitado como um todo, o time até demonstra um bom coletivo, quem joga bola sabe que até aquele limitado jogador pode desempenhar um bom futebol quando se mostra bem aplicado taticamente e nos últimos 4 jogos do Santa, as duas vitórias na série A e os confrontos contra o Vasco pela Copa do Brasil, apenas no jogo contra o Vasco no Arruda vimos o time mal, repito, no contexto tático. Para quem viu a aplicação tática diante do América, lógico que o adversário ajudou pela fragilidade, mas observemos apenas a distribuição do time em campo, toques rápidos, a bola passando em sua maioria das vezes pelo meio campo (como deve ser), tudo levava a crer que poderíamos encaixar uma sequencia de bons resultados a começar pelo bom Coritiba (fez um grande jogo contra o Galo Mineiro antes do confronto com o Santa), principalmente porque ele era o chamado adversário direto contra o rebaixamento.
Começa o jogo e o Santa domina as ações, com posse de bola maior, a bola passando pelo meio campo, explorando bem as jogadas pelas laterais e única falha se dava nas finalizações, mas como seria um jogo extremamente difícil acreditava que o gol poderia sair até o final do jogo e 1x0 era o placar que esperava, mas assim que o Coritiba foi ao ataque, num cruzamento vindo da esquerda adversária eis a primeira falha do nosso sistema defensivo, Tiago Costa que foi tão bem contra o América, voltou a mostrar suas falhas cotidianas, marcou mal o cruzamento (como sempre o jogador brasileiro marcando a bola em cruzamento), o turco paranaense domina a bola dentro da área e dá um passe primoroso para Kleber abrir o placar, o mais interessante no gol do Coritiba foi o posicionamento da defesa, três jogadores marcando apenas um jogador e deixando o autor do gol completamente livre, se marcassem o jogador ao invés da bola, talvez não saísse o gol. A partir daí, a maionese desandou, num estalar de dedos o time mudou drasticamente o desempenho, o nervosismo se apoderou do time, a bola deixou de passar pelo meio campo, viu-se algumas vezes Dany Moraes com a posse de bola buscando alguém no meio para fazer a transição para o ataque e ninguém aparecia, e a velha ligação direta voltava a tona, ou secerja, a bola batia toda vez na defesa paranaense e voltava e time deixou de armar as jogadas e ficava na dependência de lances esporádicos de Keno ou Arthur pelas pontas. e amargamos mais um derrota em casa, algo que antes era nosso diferencial está se tornando nosso pesadelo, além da obrigação de vencer a torcida que era nosso elo de sustentação não comparece mais como antigamente (antigamente mesmo, na longínqua séries D e C). A respeito de Arthur um capitulo a parte, sabemos que MM deposita muita confiança em seu futebol tanto que cresceu com a chegada de Milton, mas diante do Coritiba achei que o Milton errou na mudança, no momento da substituição ainda no primeiro tempo, não que o Arthur estivesse mal, mas o Marion estava melhor que ele, e acredito que poderia explorar melhor as jogadas pelas pontas.
Do mais amigos tricolores, só nos resta rezar e torcer, nessa ordem mesmo, para permanecemos na primeira divisão.