26 de abril de 2017

O Dilema da Marca Própria

Depois da desclassificação para mais uma final de Estadual, a torcida tricolor se vê em um novo dilema, a opção que o clube deve ter em direcionar seus novos uniformes para uma marca própria, que já existe em roupas casuais. 

Seguindo exemplos bem sucedidos, principalmente do Paysandu, onde o clube tinha um contrato com seu fornecedor o qual não estava satisfazendo aos seus interesses, partiu para a empreitada de marca própria de seus uniformes, iniciativa inédita no futebol brasileiro (a marca própria já era usada por outros clubes, mas nunca para os uniformes e sim para roupas casuais) e sua torcida abraçou a ideia, tanto que o clube saltou de 300 mil com seu antigo fornecedor para 6 milhões/ano (clique aqui) com marca própria, números bastantes significativos, tanto que outros clubes estão buscando tal alternativa para aumentar suas receitas.

E foi justamente isso que o Santa está buscando, aumento de receita, provavelmente o clube não deve estar aceitando os valores pagos atualmente pela Penalty (quero agradecer muito a eles principalmente pelo momento de baixa do clube em que acreditaram na marca Santa Cruz), ou seja, patrocínio e repasse em cada venda de  camisa. Ninguém em sã consciência faria uma mudança desta se estivesse recendo valores significativos a grandeza do clube, porém devemos entender o outro lado, da empresa fornecedora que as vezes para pouco para determinado clube, o Santa é um clube que está já alguns anos recuperando sua imagem de derrotado, mas ainda falta como sabemos, uma permanência  maior na primeira divisão, algo que não temos desde que foi instituído a divisão por séries, sempre que subimos caímos no ano seguinte, isso queira ou não desgasta a imagem do clube.

Quem acompanha as redes sociais sempre se depara com torcedores que preferem marca a dinheiro no clube, prefere que o clube vista as mais conhecidas, como Nike e Adidas, achando que isso melhora a imagem do clube, no meu entendimento a imagem do clube está diretamente ligada a como ele aparece na mídia, títulos importantes (principalmente os nacionais), não sendo campeão mas que esteja sempre brigando, trabalhos sociais, venda de produtos etc, isso sim atrai fornecedores e bons patrocinadores.

A diretoria acredita no potencial da torcida por isso busca a opção por marca própria, mas tal sucesso sabemos que está atrelado também ao sucesso em campo, que no momento não é bom, não aos números, se nos prendermos somente aos números estamos bem, perdemos uma semi final do Estadual para o melhor time, estamos numa semi final do Nordeste buscando um Bi Campeonato, porém o que tem deixado a torcida apreensiva é o futebol jogado, principalmente porque logo teremos a série Ba frente. 

Do mais como bom torcedor tricolor, sempre esperando bons ventos, pois a maré de momento é de maremotos.




23 de abril de 2017

Não Somos Eutrófico, Somos Eutrópio

Depois da ressaca da desclassificação para a final do estadual, o torcedor deve estar se perguntando mais uma vez, chegaremos lá? Bem, as chances a cada dia diminuem, pois o time não corresponde em campo as expectativas da torcida, sem padrão definido ainda (até quando meu Deus...), o único setor com padrão definido é a defesa, essa é boa, mas sem meio campo e ataque, ficaremos eternamente preso as bolas paradas de Anderson Salles? Infelizmente por momento sim. Desde 2011 talvez seja o time mas sem padrão tático que o Santa Cruz teve, não quero comparar elenco por exemplo com o de 2011 porque cada um tem sua época e momento, mas mesmo o de 2011 limitado na qualidade individual que era tinha um proposta de jogo definida, todas as peças sabiam o que fazer dentro de campo (mesmo parte da torcida não aprovando), ao contrário do que vemos hoje, com jogadores que não sabem o que fazer quando a bola chega, como Everton Santos que demonstra total desinteresse com o jogo (obrigado a Rinaldo e amigos do Bahia Coral que martelaram na minha cabeça para  abrir os olhos em relação a ele) além de outros que não adianta de momento falar. 

Embora não tenhamos um elenco eutrófico, ou seja, fértil, exemplos anteriores recentes demonstram que tem sido assim o Santa, a mescla de jogadores médios com algumas peças de melhor categoria, porém é de suma importância, um padrão tático e o senhor Vinicius precisa urgente definir com urgência isso, pois ontem foi clara sua ineficiência, além da qualidade dos jogadores que temos, a forma que jogamos e como foram substituídas as peças no decorrer do jogo o técnico teve um peso maior na derrota.

Muito tem se falado dos atrasos salariais que podem ter atrapalhado no desempenho do time, quero acreditar que não, embora tenham o total direito de cobrar isso da diretoria, são trabalhadores e precisam ser remunerados, podemos não concordar com um ou outro jogador, mas se trabalham tem direito a remuneração. Recentemente o diretor de mkt do Santa Denis Vitor teve um bate papo com os torcedores via chat no Instagram, o que acho bem positivo essa postura dele, e um torcedor cobrou transparência da diretoria em relação ao Balanço do clube, Denis informou que a diretoria não iria publicar o Balanço para não atrair mais credores do clube, achando que o clube tem dinheiro, pois isso foi um dos grandes problemas do clube ano passado, constantes bloqueios judiciais, só iria passar o Balanço aos sócios do clube. O amigo Rinaldo chamou a atenção que a publicação de Balanço é obrigatória e tem data limite, não sei se aplica ao Santa, pois não é clube empresa, reconheço meu desconhecimento nesse caso, mas mesmo que não seja obrigatório, a diretoria tem que mostrar a verdadeira situação aos torcedores para depois lá na frente não usar o velho já conhecido NÃO TÍNHAMOS DINHEIRO como justificativa. Acredito na seriedade das pessoas que gerem o clube, mas a transparência é fundamental para novas ações junto ao torcedor, saber como os contratos vigentes estão sendo pagos, se houve redução na verba com a queda para a série B e outras, mostrar ao torcedor o custo de cada jogo no Arruda, esse é fundamental em minha opinião, o torcedor saber quanto se gasta em cada jogo, e que público minimo deveremos ter para ao menos não sair no prejuízo.

O torcedor lógico que gostaria de estar na final, mas as vezes por pior que seja um derrota, nos mostra caminhos melhores a serem trilhados e mais sólidos.

Desejando que sejamos mais eutrófico e menos Eutrópio, Tri tri tricolor Santa.


12 de abril de 2017

Essa Casadinha....

Não quero criar uma celeuma, até porque quero sempre o melhor para meu querido clube, mas preciso dar minha opinião sobre o que ocorre nas bandas do Arruda, mesmo alguns não concordando, faz parte de nossa democracia tricolor.

É publico de toda a nação tricolor, por sinal essa precisa se fazer mais presente, as dificuldades que temos para conseguir fechar as contas ao final de cada mês e todo artifício para entrar recursos no clube deve ser bem visto, mesmo que as vezes de forma estapafúrdia, mas tem limites, analisemos. Enquanto nosso rival figura no TOP 10 em número de sócios, ainda capengamos a duras penas para tentar entrar na casa dos 5 dígitos. Sempre quando falo de nossa torcida em nosso grupo de torcedores aqui em Salvador, falam que nossa torcida é pobre, concordo, em nossa gama de torcedores existe um percentual grande de torcedores de baixa renda, pois nossa origem é o povão, mas mesmo no restante de nossa torcida, percentualmente falando, com poder aquisitivo melhor ser de menor número, existe números absolutos dentro dessa faixa para termos um quadro social significativo para custear uma gama de despesas e podermos almejar algo melhor, CT, grandes jogadores etc.

Depois do baque da queda para a série B, é normal uma desconfiança por parte da torcida para novas ações por parte da diretoria, porém gostei muito da revisão dos planos de sócio, criando planos em que o torcedor paga o valor que achar melhor para poder assistir os jogos no Arruda, pagando uma diferença ou não a depender do setor que deseje assistir o jogo, uma grande sacada, comentei com os amigos que era o produto que faltava ao torcedor/sócio. Fixou em R$ 40,00 o valor do ingresso e propagou junto a torcida que tinha um plano em que o torcedor pagava apenas R$ 25,00/mês e poderia assistir todos os jogos em casa sem pagar mais nada (arquibancada superior), algo que no olhar já se demonstrava atraente, mesmo que o torcedor fosse apenas a um jogo, boa sacada do mkt tricolor, só faltava o torcedor se conscientizar. Porém essa semana a diretoria de mkt deu uma fora, na minha visão, como a torcida não comparece resolveu lançar uma casadinha para os jogos das semi finais do estadual e regional, não sou contra a casadinha, mas o valor é um absurdo e desestímulo ao torcedor ser sócio, R$ 15,00 pela casadinha, cada jogo sai a R$ 7,50, em contra partida o sócio de R$ 25,00 fazendo uma análise de 3 jogos em casa, cada jogo sai a R$ 8,33, ou seja, como o torcedor vai ser sócio para pagar mais? Não existe esse negócio de ser sócio para ajudar, é uma minoria que tem essa visão, a maioria (pelo que vejo nas redes sociais) cobra da diretoria benefícios para ser sócio, e nesse caso específico acho que foi uma bola fora, mesmo que seja algo esporádico. Toda mudança gera resistência e se o Santa não tiver uma postura firme para suas convicções e ficar mudando as regras conforme a maré, o torcedor "esperto" fica sempre esperando anistia para ser sócio e essas anistias nunca são bem vistas por aqueles que sempre pagam em dia sua contribuição, sendo assim nunca teremos um quadro social descente, ficaremos eternamente presos aos 4 dígitos.

Espero que tenho sido claro em minha posição sobre a casadinha, pois no twitter devido a limitação de caracteres não temos condições de expor nossa opinião clara, e ontem tive um debate muito bom a amiga Marcelly e outros sobre esse tema.

Saudações tricolores.