28 de abril de 2016

Ainda faltam 90 Minutos de Agonia

Aquela máxima de que tudo para o Santa Cruz não é fácil nunca, ficou mais uma vez evidenciado no primeiro embate do título da Copa Nordeste. O torcedor cheio de esperança para fazer um resultado que levasse uma vantagem confortável para Campina Grande, mas esqueceram de combinar com o bom time do Campinense, tem suas limitações tanto quanto o Santa, mas não deixa de ser um bom time. A torcida coral se fez presente, talvez não da maneira que se esperava, ameaça de greve da PM e outros fatores como horário e também transmissão pela TV pode ter contribuído para apenas 36 mil torcedores presentes, mas não significa que o calor coral foi pequeno, aliás a torcida do Santa não importando o tamanho do público sempre emana muito calor a equipe, e com esse calor o Santa começou apertando seu adversário, mas logo depois o jogo ficou equilibrado, porém sejamos justos, o goleiro do Santa não trabalhou no primeiro tempo, embora o Campinense tenha tido boa posse de bola, e foi nesse momento que o Santa conseguiu abrir o marcador, mesmo sofrendo pênalti, Grafite, sempre ele, consegui mandar para o fundo das redes uma bola alçada de escanteio, a partir daí o Santa começou a explorar melhor as falhas paraibanas. No segundo tempo, o Santa começou apertando, levando muito perigo a meta do Campinense e ao contrário do primeiro tempo, quando jogávamos melhor sofremos o gol de empate, uma falha de posicionamento no escanteio o Campinense empata, dai começou a agonia, com a necessidade da vitória, pois o gol do Campinense revertia a vantagem para eles, um simples 0x0 já daria o título no segundo jogo, foi quando Milton, digo, Adriano foi ousado, tirou Leandrinho, que não foi mal, por Raniel para explorar mais o ataque pelo lado direito, mas foi com a entrada do veterano Leo Moura que com bela jogada com Raniel pela lateral, a bola é cruzada e ele, o artilheiro dos gols importantes mostrou a presença de área que conhecemos em 2015, o General Bruno mandou para as redes, nos acréscimos, fazendo a torcida Coral explodir de alegria, devolvendo a vantagem para o Santa para o segundo jogo.

O Santa não apresentou o mesmo futebol dos últimos jogos, futebol cirúrgico com boa posse de bola, o time estava em certas horas nervoso, talvez a ausência de JP foi determinante, mas Uilian Correa conseguiu com muita raça e categoria suportar essa ausência, mesmo com cartão desde o primeiro tempo, talvez se não fosse a sua grande atuação o Campinense pudesse ganhar o meio campo. Uilian ao lado de Grafite foram os melhores. As laterais, tanto na marcação quanto no apoio ao ataque, foram os pontos mais fracos do time, principalmente o Vitor, que acabou sobrecarregando e muito Neris, que conseguiu dar conta. O Vitor estava num dia tão ruim que a única jogada de ataque por seu lado ocorreu quando deu lugar a Leo Moura, a jogada do gol da vitória.

O segundo jogo será muito difícil, mas acredito que da forma que começou jogando o segundo tempo, com a volta de JP e Milton a beira do campo, as chances do título ficam maiores, vale lembrar que estamos decidindo nossos últimos embates de mata mata fora, mais um fator que nos leva a acreditar muito no título.

#VaiPraCimaDelesTricolor

14 de abril de 2016

Nada Decidido

O empate aquela altura do jogo foi um golpe para o Santinha, chovia muito no momento do pênalti o que acabou decretando praticamente o placar final. Há algumas semanas, poderia aqui dizer que o Santa não passaria, só devido a um golpe de sorte, pois futebol é o único esporte que conheço que o melhor nem sempre vence, e o Santa poderia se apegar nisso, mas hoje a situação é bem diferente, de um time que estava acostumado a constantes chutões e ligações diretas defesa-ataque, hoje o time tricolor o que menos se ver é chutão, time bem distribuído, mais compacto e tocando mais a bola até para evitar ao máximo dar chances ao adversário.

Alguém pode se perguntar, se o Santa hoje está mais compacto, toca mais a bola, por que não conseguiu sair com a vitória? Nem tudo é perfeito, e para se buscar a tal perfeição, requer continuar treinando. Embora coletivamente o time tenha evoluído muito, os erros individuais ainda são grandes, alguns até passam despercebidos pelo coletivo, mas alguns deixam marcas fortes, como foi o caso do empate contra o Bahia, que mesmo sendo inferior ao Santa, abriu o placar numa falha de Alan Vieira (não é de hoje que o Alan está mal), com a bola dominada tentou driblar o jogador do Bahia ao invés de fazer um recuo de segurança ou na pior das hipóteses dá o velho chute "pro mato", perdeu, fingiu falta e proporcionou contra ataque mortal da equipe baiana. Com o placar a favor o Bahia teve uma chance de ampliar e só isso no primeiro tempo. O Santa sentiu um pouco o golpe do gol, passou o filme do primeiro confronto, onde o Santa estava melhor e sofreu o gol, mas colocamos os nervos no lugar e numa bela jogada de Keno empatamos, resultado até certo ponto justo. No segundo tempo, o Santa voltou "mordendo", mais agudo e levando constante perigo a meta do Bahia, mas nossa finalização.....mas mesmo assim viramos o jogo, Grafite voltou a marcar, Keno faz a inversão de jogo buscando Arthur que toca de cabeça para JP que se livra do zagueiro e Grafite completa virando o jogo. O Santa dominava o jogo mais não "matava", e nossos erros de finalização custaram caro, o Bahia num ataque fortuito achou um pênalti, logo depois de entrar no jogo Wellington Cesar subiu com o braço todo aberto para cortar um cruzamento e a bola bate em seu braço, pênalti indiscutível. Luisinho bateu e deu números finais.

A evolução do time foi percebida também pela torcida presente ao Arruda, que aplaudiu o time, melhor que as últimas vaias que estavam constantes. Ainda não estamos jogando o futebol que o elenco pode apresentar, muito menos o que a torcida deseja, temos muito ainda para melhorar, mas ao menos aquele brilho de esperança começa a ser sentido pelo torcedor. Alguns jogadores aos poucos estão reencontrando seu futebol, Lelê que tem desempenhado uma função diferente no meio campo, Daniel Costa tem entrado bem, mas sua maneira de cadenciar o jogo acaba sendo um ponto fraco, precisa imprimir mais velocidade, o Arthur, capítulo a parte, um amigo chegou a perguntar o que o Milton via nele, no meu ponto de vista, o passe de Arthur, ele pouco erra no passe, aquele jogador que pouco aparece, mas é esse seu ponto fraco, quando o jogo se torna favorável a ele, parece que se esconde, não sei se por timidez ou característica própria, mas precisa ser mais ousado, só tem a ganhar, tanto ele quanto o time, a nova dupla de zaga, Neris e Dany se entrosaram rápido e sem a afobação da dupla anterior, Alemão que tem como forte a bola alta, mas tomava muito cartão a toa e se aventurava muito ao ataque e deixava a zaga aberta. Como pontos fracos, nossos laterais, principalmente o Alan Vieira, tem se projetado pouco ao ataque e quando o faz não volta na mesma velocidade, tanto que os adversários tem atacado mais por seu lado, perde muita bola por tentar o drible em demasia, o que gera muitos contra ataques, o Vitor tem errado muito passe e não tem cruzado as bolas de primeira quando tem oportunidade, o que prejudica a velocidade do ataque.

Eu fui contrário a mudança de técnico em principio, pois via que o Martellote era o menos culpado naquele momento pelo desempenho do time, mas não posso fechar os olhos que a mudança benéfica ao time, o Milton trabalha de uma forma que gosto hoje de ver no futebol, a necessidade de se trabalhar a posse de bola, a preocupação que tem com o passe tem sido fundamental para a evolução do Santa, o passe hoje tem sido em sua maioria para o jogador mais perto, a virada de jogo apenas quando o jogador se apresenta bem livre. Domingo teremos uma situação parecida a 2015, o Bahia era melhor colocado na tabela, vencemos e passamos eles, domingo, eles tem dois empates (0x0 e 1x1) como vantagem, então vamos vencer novamente, como em 2015, e passarmos eles e nos garantir em nossa primeira final de Copa do Nordeste. Tri Tri Tri Tricolor Santa.

3 de abril de 2016

Da Água pro Vinho

Não me lembro de um técnico em tão pouco tempo implantar sua forma de jogar e conseguir que o time absorva tão rapidamente, pois bem é o que aconteceu com o Santa nesse domingo, de um time desorganizado, com jogadores sem brio até a quarta feira passada, mesmo com a vitória, a um time aplicado taticamente, com os nervos no lugar, não cedendo a pressão cearense, saindo tocando a bola, sem os chutões tradicionais que eram comuns, até jogada ensaiada o time apresentou, algo  que nem nos melhores momentos de Martellote de 2015 o time tinha. Não quero dizer que o Milton é melhor que o Marcelo, só o tempo dirá, mas a mudança ao menos surtiu efeito, passamos para as semi da Copa NE com duas vitórias diante do atual campeão.

Ainda temos muito a melhorar, acredito que nesse princípio de trabalho a preocupação de Milton era nossa defesa, que se valia sempre de atuações individuais (quando dava), para sobressair sobre os adversários. Quando saiu a escalação da equipe muito se comentou da colocação do Leandrinho saindo como titular, até eu mesmo estranhei pois tenho o criticado muito suas últimas atuações, mas era compreensível até porque o técnico está conhecendo o elenco, mas para a boa surpresa, ele não fez feio, taticamente dentro da proposta do técnico, se portou muito bem, compondo bem o meio de marcação com JP e Uilian, porém precisa melhorar o apoio ao ataque. Temos que parabenizar a postura defensiva do Santa hoje, começando a defender desde os atacantes. Embora o Ceará tenha tido maior posse bola, pouco agrediu Tiago Cardoso no primeiro tempo, o mais difícil eram os cruzamentos que ele cortava, mas a preocupação defensiva do Santa pouco o fez agredir o gol do Ceará. Já no segundo tempo, o Ceará explorou bem nosso ponto mais fraco hoje, a lateral esquerda, Alan Vieira, muito mal, tanto que acabou fazendo um pênalti por justamente chegar atrasado na jogada, e pouco depois quase faz outro numa jogada próximo a bandeira de escanteio. Mas o dia era o Santinha, pois até o tão criticado Tiago Cardoso, em relação a pênaltis,pegou-o de forma espetacular, trabalhando muito bem quando foi exigido. Milton fez uma substituição que estranhei de momento, mas no decorrer do jogo mostrou que ele acertou, tirando o Keno (que foi muito bem defensivamente, mas continua errando muitos passes quando ataca) e colocando Tiago Costa, que ajudou na marcação e congestionando mais o lado mais forte do ataque cearense. O gol do Santa saiu de novo posicionamento do ataque, com a saída de Bruno, Wallyson caia pelas laterais bem aberto e num belo passe de Arthur, concluiu com calma o gol da classificação coral.

Não posso esquecer das atuações de João Paulo, o melhor do Santa em minha opinião, demonstra que rende bem melhor quando atua como segundo volante, por sinal Martellote tem méritos nisso, Dany Moraes, outro criticado pela torcida, foi como costumamos falar "um monstro" na defesa, se posicionou bem, antecipou bem ao ataque cearense, em dois lances praticamente evitou o gol adversário e Neris, mesmo falhando em alguns lances, decorrentes até da falta de ritmo, mostrou personalidade e atuou bem, vai ser uma boa dor de cabeça para o técnico.

No meu texto anterior, minha preocupação era o Santa voltar a jogar bem coletivamente, até porque a temporada é longa, e hoje voltamos a jogar bem e o melhor, ainda a tempo de brigar por títulos. Me parece que Milton Mendes surpreenderá ainda muito nessa temporada, é o meu desejo e de toda torcida coral.

Saudações Tricolores.