4 de outubro de 2019

Lembranças de meu Pernambuco: Maracatu

Ao ler o Livro do amigo e Tricolor Ivaldo Marciano Mas, o que é mesmo maracatu nação?, me veio a lembrança dos carnavais que brincava quando pequeno, mas antes de adentrar nas lembranças de infância, gostaria de me desculpar com o autor pela demora de ler seu livro, que gentilmente veio a minha residência em 2018 para me presentear, por diversas vezes tentei começar a ler, mas fatores externos a minha vontade (que não vale apena descrever), alguns problemas sempre acabavam me interrompendo e deixando sempre para "amanhã" para recomeçar. Mas tudo ao seu tempo, e outros fatores ajudaram muito para recomeçar a importância da leitura (um motivo bem especial), não que eu não leia nada, mas livros, já tem algum tempo que os escanteava, por sinal não é falta de exemplo, meus pais sempre foram de ler, algo que meu filho não puxou de mim essa preguiça para a leitura, graças a Deus, por sinal ele gosta  muito, puxou a mãe nesse ponto, uma feroz devoradora de livros, não importa o tema.

Voltando as lembranças de infância, lendo o livro me transportei um pouco para meu passado, não que eu fosse as festas momescas no centro do Recife, participava das brincadeiras na própria rua que morava, mas principalmente pelo tema, Maracatu, as lembranças de pessoas vestidas em seus trajes típicos que passavam na rua que morava, e como era pequeno o pavor ao ver aquelas fantasias eu fugia como o diabo foge da cruz, hoje lembrando da cena apenas as risadas vem a tona, e um pouco de saudosismo também, pois a brincadeira preferida nos meus carnavais de infância era criar uma seringa com cano de PVC, resto de sandálias havaianas para servir de rolha na seringa, para esguichar água nas pessoas, por sinal chegávamos até a sair numa picape com um tonel cheio de água, rodando pela cidade e esguichando água por todo lado, brincadeira que posteriormente foi proibida após alguns (inconsequentes) começarem a usar água suja, de esgoto, privada pata jogar nas pessoas....


Embora tenha saído novo de Recife (mas sempre volto quando possível), como dizem os "exilados", podemos sair de Recife mas Recife não sai da gente, e tudo que aparece sobre minha terra, é alvo de minha investigação, e esse livro foi um aprendizado a respeito de uma das manifestações mais tradicionais de Pernambuco, o maracatu, um relato histórico, que vem desde o período escravagista até os dias atuais, onde Naná Vasconcelos (já falecido) fortaleceu ainda mais a importância do maracatu para a cultura pernambucana, colocando como abertura do carnaval recifense.

Mas não quero descrever e falar muito sobre o livro, como diz um amigo de ingresia, não quero dar "ispoiler", mas o que posso falar, é que o livro é de fácil leitura, onde o autor conversa com o leitor, o tornando também um questionador de alguns pontos levantados pelo livro. Para quem gosta de história, é uma pedida certa, não só por falar de Recife, mas da forma que foi abordada, relacionando fatos históricos, com certeza o leitor conhecerá até melhor, principalmente quando é abordada o período escravagista.