27 de junho de 2016

Encruzilhada, não é o Mercado

Nada tão sugestivo como lembrar do meu Recife e de um bairro que nos remete a um dos seus pontos mais tradicionais, o mercado da Encruzilhada, que por caminhos da vida ainda não tive a oportunidade de frequentar, mas eis de um dia numa de minha passagens por lá, passarei para bater o ponto. Pois bem, como diria meu amigo Franciel Cruz, vamos falar de ludopédio que o resto não interessa, e falar em ludopédio tenho que falar do meu Santinha, que nesse momento chegou na encruzilhada, calma amigos, não deixamos as bandas do Arruda para nos dirigir ao famoso mercado, embora a torcida já esteja batendo o ponto para afogar as mágoas dos últimos resultados, estou falando que chegamos naquele momento em que deveremos escolher entre a permanência da convicção do trabalho que vem sendo feito desde 2015 ou arriscar em novos e turbulentos rumos.

Distante do que a torcida esperava, pelo início fugaz, mas dentro de uma realidade lógica, que não preciso enumerar os fatores, chegamos a famigerada zona de rebaixamento após rodada de número 11, algo bem diferente de anos anteriores onde praticamente começávamos e terminávamos o campeonato, desculpe o trocadilho da palavra, na zona, Partindo desse princípio, acredito ainda num final feliz, digo, ficar na série A, pois o trabalho é organizado e profissional como nunca se viu nas bandas do Arruda, pois fazer futebol com receitas em geral inferiores a 20% dos maiores e ainda por cima com diárias cobranças da justiça batendo a sua porta, é algo de se louvar desse momento do Santa, pois seria a coisa mais fácil os dirigentes falarem que o dinheiro é pouco e esse pouco vive sendo bloqueado na justiça, mas as ações que vemos não são essas, vejo sim, uma mágica diária para manter um elenco caro (para nossos padrões), bom técnico (com bons trabalhos reconhecidos) e ainda procurando sempre se reforçar. Não vou entrar no mérito da qualidade de algumas peças do elenco, até porque nem nos clubes com dinheiro eles conseguem 100% de acerto, imaginem um clube como o Santa que vem ressurgindo e ainda sem dinheiro, erros certamente haverão, mas dentro do pequeno orçamento vejo que até erramos pouco. Acompanhando as redes sociais vejo em alguns torcedores a consciência do situação de momento do clube, principalmente onde em outras épocas, depois de uma sequência de maus resultados, a troca de treinador era dada como certa, e vemos que nesse momento a troca seria apenas para dar aquela "resposta" a torcida. A qualidade de nosso técnico não pode ser questionada pela torcida, haja vista, que pegou o mesmo elenco que o Marcelo tinha, aplicou seus conceitos e conseguimos dois títulos. É visível a deficiência que temos no elenco, não vou opinar quais, pois cada torcedor tem a sua, algumas embora sejam quase unânimes.

A troca de treinador seria no meu ponto de vista, andar para trás, um novo técnico colocaria um novo esquema, levaria tempo para o grupo absorver e o principal, oneroso para o clube, e iria de encontro ao que a diretoria se propõe, economizar ao máximo para não endividar o clube, fundamental para um clube que se propõe se reestruturar financeiramente, embora possa parecer doloroso para o torcedor, sangrar o clube como em anos anteriores não vale o sacrifício.

Em princípio é acreditar na diretoria que nos tem demonstrado trabalho sério e competente e nós como torcedores fazermos a nossa parte, ir ao estádio e se associar, esse sim pode ser o diferencial para nossa virada e manutenção na primeira divisão.

#EuAcreditoSantaCruzNaA

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