25 de julho de 2015

Que futuro queremos para nosso futebol?

Como diria meu amigo Franciel, era o ano da graça de 2002 quando se noticiou a mudança da forma de disputa de nosso Campeonato Nacional, mais conhecido como Brasileirão, abandonando o sistema de mata-mata para o de pontos corridos, como bom nordestino pensei comigo, fu.... para os clubes nordestinos, a chance de voltarmos a ser campeão acabou, foi a minha primeira análise, depois  pensei, "alguém vai disparar e os estádios vão ficar vazios, pois só vai interessar o jogo do time que estiver na ponta, não vai dar certo".

Passados alguns anos, minha análise futurológica se mostrou furada, embora ainda não tenhamos uma boa média de público, no modelo atual a briga acontece praticamente durantes todas as rodadas, alguns brigando por título, outros por vaga na Libertadores e Sul Americana e o restante contra o rebaixamento, mas o importante é que com raríssimas exceções, todos os clubes estão envolvidos em alguma disputa, algo que não ocorria com o sistema de mata-mata, pois só interessava aqueles oito que se classificavam, o restante ficavam contando o prejuízo de sair mais cedo do campeonato. A ideia de escrever sobre o assunto veio depois de ler uma matéria que o Yahoo postou (leia aqui), que alguns dirigentes (como diria meu velho amigo Franciel, "deixa em caixa baixa mesmo, eles não merecem esse título") se mostram favoráveis a volta do mata-mata, como o apoio da Globo, que ao fugir dos contratos de TV coletivos para o individual, busca espanholização de nosso futebol concentrando renda em dois clubes, aqueles..., Me pergunto, qual o sentido da volta do mata-mata, já que temos a Copa do Brasil nesse molde? A Globo defende porque a audiência é baixa, alguns clubes estão com os estádios vazios, mas tudo isso é decorrente do modelo de disputa? Respondo, NÃO. Com raríssimas exceção, nossos dirigentes são amadores em todos os sentidos, planejam mal o ano para seus clubes, alguns ficam ainda se escorando na tradição do passado e nada fazem para crescer a marca de seus respectivos clubes. Não sou defensor de adequação do nosso calendário ao europeu, nosso verão é no final do ano, mas podemos copiar as boas práticas de administração e publicidade que tem lá, venda de ingresso antecipado como exemplo.

O mata-mata teve a sua época, mas os pontos corridos é onde realmente o melhor é o campeão. Vejo nesse interesse da volta do mata-mata, uma maneira de proteger a velha panelinha do futebol brasileiro, logo logo é bem capaz de quererem acabar com o rebaixamento, daqueles...Futebol não se moderniza protegendo velhos interesses, e sim, com planejamento, ações e renovação, algo que passa bem distante da cabeça de nossos velhos dirigentes.

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